Que o nosso anjo da guarda possa reacender nosso amor.
13/02/1990
16/05/1993
Minha querida A. F. V. F.,
Quando me conecto à sua energia e à energia desse elo que ainda vibra entre vocês dois, o que vejo não é ausência de sentimento — o que sinto é uma travessia densa, cheia de névoa, como se algo muito maior estivesse colocando esse amor em pausa. Mas não é uma pausa qualquer. É uma pausa com propósito, com lição, com peso ancestral.
A ansiedade, o aperto no peito, o vazio silencioso... tudo isso tem um motivo. A ligação existe, sim. Mas está envolta por bloqueios profundos — espirituais e emocionais. É como se o destino tivesse colocado uma névoa entre vocês para que algo importante fosse enxergado. E veja, minha flor, não é fácil lidar com isso. Esse amor pede mais do que sentimento. Pede cura. Pede verdade. Pede preparo.
Nem tudo está revelado. Ainda não posso afirmar se ele voltará — porque há escolhas sendo feitas no plano dele, e muitas dessas escolhas estão fora do seu alcance. Mas uma coisa posso te dizer com certeza: há forças que atrapalham. Energias que confundem, que atrasam, que sabotam. E não vêm só dele — parte também vem da sua dor, do seu medo, do seu histórico de feridas mal cicatrizadas.
Por isso, acenda uma vela roxa. A branca, nesse caso, não sustenta a força da limpeza necessária. A roxa é a vela da transmutação. Ela vai trabalhar silenciosamente, no plano espiritual, desfazendo o que for ilusão, revelando o que for verdade, e abrindo caminho para o que for real.
Você está diante de um ponto de escolha: ou entrega essa dor para ser cuidada pelo Alto e confia, ou continua carregando um sentimento que te aprisiona. O amor não se desfaz com o tempo, mas ele precisa de liberdade para florescer. E às vezes, é nesse afastamento que a alma aprende a verdade sobre o que sente.
Confie. Nem tudo precisa de resposta agora. Às vezes, o silêncio é o próprio tratamento.
Resposta enviado em 20/06/2025 23:53:04 pelo atendente
Mago Raul